sábado, 19 de janeiro de 2008

Quem são os Candonguêros?

*Texto: Flaviano Souza e Silva / Caricatura: Colega


Edmundo Guedes

“Leva aí, ó meu, aquele samba que diz, que agente nasceu pra ser feliz!”

Filho de Juvenal Guedes e Iva Nunes Guedes, nosso querido José Edmundo Guedes vive embalado por esta sua frase.

Compositor e poeta, teve ainda em casa a primeira motivação artística ao ouvir o pai a dedilhar o violão. Aos 13 anos começou a compor e aos 20 venceu o então prestigiado programa “A grande chance” do Flávio Cavalcanti. Depois desse prêmio outros vieram e veio também a possibilidade de ajudar a realizar uma sensível mudança no perfil do nosso carnaval.

Edmundo, sujeito com pinta de galã, nascido em Saramenha, subiu o morro de Santa Efigênia para tornar-se por muitos anos o responsável pelas músicas da Escola de Samba Unidos do Padre Faria, participando ativamente das atividades daquela coletividade, junto com o cunhado Níveo e com a Irmã Maria,. Era um período em que as escolas de Samba começavam a se organizar e em um futuro breve criariam o desfile, hoje tradição incontestável da cidade, merecedora de todo o apoio dos órgãos públicos e privados.

Alguns minutos de papo com essa “figuraça” certamente renderá casos hilariantes dele e do irmão Eduardo, além, é claro, de uma aula sobre o que é “Ouropretar”.

Edmundo Guedes abandonou o curso de Farmácia da UFOP para formar-se em administração em Belo Horizonte. Em companhia da esposa Deila e do filho Marcão morou em muitas cidades, sempre trazendo do lado esquerdo do peito a alma de suas origens. Afinal, que bom ouropretano nunca cantou sua mais conhecida canção:

“Amanhã! / só se chover que eu não saio / só se morrer que eu não caio / no meio da multidão / De terno branco engomado / puxando o samba rasgado / sem te dar satisfação...”.

Edmundo Guedes é Ouro Preto que faz o Carnaval.

Edmundo Guedes é Candonguêro.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Quem são os Candonguêros?


*Texto: Chiquinho de Assis / Caricatura: Colega

Vandico

Wanderley Alexandre da Silva, o nosso Vandico é ouro-pretano da gema. Irmão do querido Pedro, “Pedro meu irmão” e companheiro-amado da doce Marlene “Lelex”, Vandico é um daqueles seres iluminados que marcam a cada dia o sentido da existência humana. Representante máximo da alegria existente no Pilar, de coração generoso, foi compositor de várias escolas de samba, além de ter imortalizado dezenas de canções na Charanga do Carlota. “Olha o carnaval já chegou / todo ano ele vem / todo ano ele vai [...]”.

Vandico é Compositor, Escritor e Pintor, sim senhor. (Dá samba hein ?!). Ou seja, cartooniza a cidade com suas letras, harmoniza a nossa memória com a sua escrita e transcreve a alma do lugar em suas pinturas.

Ah Vandico!!!!

Normex? Trex? Quem nunca ouviu esse som escorregadio, de impacto vibrante e de leituras múltiplas? E aqui agradeço a Vitor Godoy, Jorge Adílio, Itatiaia e Carlota, fidelíssimos amigos do mestre, o caminho apontado.

Meu caro Vandico, sem as suas músicas, o Candonguêro não teria a mesma euforia, fantasia e malícia carregada de sonho, “[...] muita gente sorrindo para não chorar [...]”.

Sonho? Ver seu boneco do Judas, junto ao Largo da Alegria cantando: “Minhocussu olalá como é que é / deixou para o povo uma banana São Tomé [...]”.


Vandico é Ouro Preto que faz o Carnaval.

Vandico é Candonguêro.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Quem são os Candonguêros?

Texto: Chiquinho de Assis / Caricatura: Colega


Seu Walter das latinhas

Walter Fernandes da Silva, conhecido também como Walter Caxangá e depois do projeto Candonguêro, mais ainda, como Seu Walter das Latinhas, é um legítimo ouro-pretano. Irmão do querido Waldir do Rádio, Seu Walter é uma dessas pessoas iluminadas. Esposo da D. Lalá, é pai de 6 filhos dentre eles o nosso amigo Bagdá. Aposentado da antiga Alcan, não parou suas atividades. É tenor, membro fundador do bloco “Gatas e Gatões”, flautista do grupo “Ouro Preto em Seresta”, compositor de lindas obras, e coletor de latinhas de alumínio pela cidade, fato que o tornou muito conhecido nos últimos carnavais. Mas também pudera, Seu Walter fez histórias com as latinhas: ajudou e muito o grupo da melhor idade Renascer, adquiriu a sua Flauta que tanto alegra as nossas serestas e se tornou um dos maiores sucessos do projeto Candonguêro. E a rua assim cantou: “Enche o saco do velho / enche o saco do velho / sua latinha já esvaziou / enche o saco do velho”. Com esse olhar perspicaz, contemporâneo e de humor refinado, Seu Walter sempre abraçou a nossa cidade em versos, carinho, atenção e intenção, nos brindando com a sua figura, a sua música e a sua linda família.

Seu Walter é Ouro Preto que faz o Carnaval.

Seu Walter é Candonguêro.

Equipe Candonguêro