sábado, 17 de julho de 2010

Dez é Seis: Julho

Erguei vossos escudos, que são familiares,
jogai aos ares os nossos descobertos, ou encobertos, encantos
eles falam do medo,
do sentir – que se viu despido no porvir,
do nosso prenunciado e antagônico encontro.

São achados que não devíamos falar aos outros
cartas de um jogo que já se viu no empate do olhar
onde o azar pede desculpas e se entrega ao acaso.
Mar que não sabe remar,
tampouco guiar o farol da lua vazia e solta nas noites do não te encontrar

Cabe a Chronos, Deus anacrônico do tempo, esperar...
como se o mesmo o soubesse

Evitar teu sussurro evidencia, ainda mais, os suspiros dos nós acoplados aos teus “ais”
me faz calouro do teu imenso desejo , que digo nosso, que digo amar

Soubessem os degraus das escadas do teu refugio o quanto eu e meu ciúme hesitaram em fugir.
Sobrou pra mim o amargo deleite da noite
o teclar infindo que o sono insistiu em levar

Sonhei contigo, acordei esvaído...

Teus olhos distantes faziam-me ver o quão te quero e não te quero longe

Vem, vem, vem

Adeus!!!!

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