O poder público,a população e todos aqueles que amam Ouro Preto tem a obrigação de se mobilizar para que estudos geológicos como este sejam implementados com urgência antes que novas catástrofes ambientais comprometam outras preciosas vidas e apaguem relevantes vestígios históricos e artísticos dos tempos coloniais. Ouro Preto merece.
Adorei o texto, Chiquinho. Vou procurar o Frederico para uma consultoria particular sobre o meu terreno, pois sempre tive muito medo de a Getúlio Vargas desabar sobre minha casa. Após a leitura, chegamos a uma triste conclusão: apesar dos vários estudos feitos por gente séria e competente, parece que para nenhum dos prefeitos de Ouro Preto, NENHUM, a população foi - ou é - tão importante a ponto de "merecer" a implementação das soluções previstas por tais estudos.
Não são poucos os atores políticos de Ouro Preto que substituem o planejamento pelo jeitinho, concretizando ações assistencialistas e paliativas centradas no aqui e agora. O discurso cheio de adornos a partir de palanques e festivais substitui a ação e desvia o foco, lançando no ar diversos elementos que inebriam os mais desavisados ao enaltecer a realidade em sua aparência imediata. Este é o conteúdo das políticas em Ouro Preto, com raras exceções. A figura da cidade patrimônio e de “estância turística” cai por terra em momentos como estes, pois vem à tona não somente os abalos causados por fenômenos naturais, mas a inexistência de um plano urbano abrangente e consistente. A imagem espetacular construída estrategicamente para "vender" a Ouro Preto que “não pode parar”, não condiz com a realidade cotidiana das pessoas que habitam as encostas e demais áreas desprovidas de recursos básicos para uma vida digna. Assim, antes de ser atrativa para o turista, uma cidade precisa ser respeitosa para com os seus cidadãos. Diante da expansão da cidade experimentada nos últimos anos, quais as novas frentes de ocupação? Sabemos que o poder público tem conhecimento das áreas de risco, bem como daquelas que podem ser viabilizadas para desafogar a “cidade patrimônio”. Mas as ações públicas não oferecem as mínimas condições para a moradia nos distritos próximos, o que inclui acessos precários e inseguros, bem como a baixa qualidade do transporte público. A tragédia estava e está anunciada, tal como evidencia o Prof. Romero César Gomes. Se os conteúdos das políticas não divergissem tanto do discurso, e se o planejamento não fosse substituído por ações do aqui e agora, talvez as repercussões fossem de menor monta.
Triste, muito triste..
ResponderExcluirSou um pedacinho de Ouro Preto. Qdo desliza um pedaço morro abaixo,eu doo uma dor inexplicável.
ResponderExcluirO poder público,a população e todos aqueles que amam Ouro Preto tem a obrigação de se mobilizar para que estudos geológicos como este sejam implementados com urgência antes que novas catástrofes ambientais comprometam outras preciosas vidas e apaguem relevantes vestígios históricos e artísticos dos tempos coloniais. Ouro Preto merece.
ResponderExcluirAdorei o texto, Chiquinho. Vou procurar o Frederico para uma consultoria particular sobre o meu terreno, pois sempre tive muito medo de a Getúlio Vargas desabar sobre minha casa. Após a leitura, chegamos a uma triste conclusão: apesar dos vários estudos feitos por gente séria e competente, parece que para nenhum dos prefeitos de Ouro Preto, NENHUM, a população foi - ou é - tão importante a ponto de "merecer" a implementação das soluções previstas por tais estudos.
ResponderExcluirO texto anterior não é anônimo, apenas esqueci de adicionar a identidade, que segue agora.
ResponderExcluirIlustre amigo Chiquinho,
ResponderExcluirNão são poucos os atores políticos de Ouro Preto que substituem o planejamento pelo jeitinho, concretizando ações assistencialistas e paliativas centradas no aqui e agora. O discurso cheio de adornos a partir de palanques e festivais substitui a ação e desvia o foco, lançando no ar diversos elementos que inebriam os mais desavisados ao enaltecer a realidade em sua aparência imediata. Este é o conteúdo das políticas em Ouro Preto, com raras exceções. A figura da cidade patrimônio e de “estância turística” cai por terra em momentos como estes, pois vem à tona não somente os abalos causados por fenômenos naturais, mas a inexistência de um plano urbano abrangente e consistente. A imagem espetacular construída estrategicamente para "vender" a Ouro Preto que “não pode parar”, não condiz com a realidade cotidiana das pessoas que habitam as encostas e demais áreas desprovidas de recursos básicos para uma vida digna. Assim, antes de ser atrativa para o turista, uma cidade precisa ser respeitosa para com os seus cidadãos.
Diante da expansão da cidade experimentada nos últimos anos, quais as novas frentes de ocupação? Sabemos que o poder público tem conhecimento das áreas de risco, bem como daquelas que podem ser viabilizadas para desafogar a “cidade patrimônio”. Mas as ações públicas não oferecem as mínimas condições para a moradia nos distritos próximos, o que inclui acessos precários e inseguros, bem como a baixa qualidade do transporte público. A tragédia estava e está anunciada, tal como evidencia o Prof. Romero César Gomes. Se os conteúdos das políticas não divergissem tanto do discurso, e se o planejamento não fosse substituído por ações do aqui e agora, talvez as repercussões fossem de menor monta.
Rodrigo Meira Martoni