sexta-feira, 16 de novembro de 2012

REPÚBLICA: ACORDAI DO BERÇO ESPLÊNDIDO, POIS O PROGRESSO REQUER A ORDEM MESMO QUE INCOMODE



E foi justamente no dia 15 DE NOVEMBRO DE 1889 que uma guinada foi dada na forma de gerir a nação. Contudo, sabemos que essa guinada veio acompanhada de interesses de grupos políticos que, por ora, representavam uma tendência mundial do “não à monarquia”, mas que por outro lado, traziam um modelo representativo de setores privilegiados da capital da nação, à época o Rio de Janeiro. Hoje, apesar da apropriação da República por diversos grupos e setores, ainda vivemos à margem de poderosos que falseiam a imagem de um processo democrático por vezes representado ainda pelas antigas vozes oligárquicas que insistem em persistir no poder. 
Em especial, neste “ 15 DE NOVEMBRO”, o nosso pensamento gira em torno do momento crucial em que vive a “suposta” moralização da política brasileira. É o que se espera  a partir dos últimos acontecimentos no STF. MORALIZAÇÃO. Digo “suposta” uma vez que ainda teremos pela frente o julgamento do chamado “mensalão tucano” com origens em Minas Gerais. Havendo esse julgamento, sangrando, estarão em xeque duas das principais forças políticas que se antagonizam atualmente no país (PT – PSDB). Ao mesmo tempo, não sabemos até que ponto este julgamento envolverá atores do emergente PSB. Fato também, é que o anseio pela ORDEM na nação é preceito da tão sonhada e divulgada REPÚBLICA. Já o PROGRESSO vem numa velocidade alucinante.
Será que existe PROGRESSO sem ORDEM?
Nosso histórico não é de todo...
No aniversário de cem a anos da república instalada (1989) tivemos a eleição direta mais esperada da história recente do Brasil, no entanto, os frutos foram catastróficos por um lado, mas sustentaram também o sentimento das ruas e de uma juventude que dava as caras. Muitos inclusive dando as CARAS PINTADAS enquanto seus pais haviam dado as POUPANÇAS em nome do País. País também de ZÉLIAS, que abriram caminhos para os CARDOSOS, depois dos fracassos dos MELLOS, e melaram...
Poupanças sequestradas e usadas, os pais e o País se honravam com os feitos heroicos dos filhos. Filhos e Filhas pintados e regidos por uma sinfonia arquitetada pelos vermelhos trabalhadores que criavam, magoados pós-eleição, hinos e refrãos de guerra que acusavam governantes e operadores de esquemas que mais tarde batizariam uma forma pagável de barganhar, hoje denominada “MENSALÃO”. Aberto o caminho de um processo “pseudo popular” de resgate da moralidade, os vermelhos “cochilaram” e os tucanos se aviltaram e desfilaram pelo caminho que se pensava pavimentado pelo PT.  As bênçãos do mineiro e saudoso presidente Itamar ungiram o áureo trono do REAL para o príncipe FHC.
O caminho de um novo tempo já perpassava a auto-estima da nação. Guiado pela astúcia do saudoso Serjão, que agia com maestria nos bastidores do congresso, subitamente, a maioria definiu-se pelo direito à reeleição presidencial. Neste momento, amparado pela máquina REAL, os tucanos mais uma vez rechaçaram a possibilidade de chegada ao poder da estrela solitária petista. Estrela que simbolizava naquele momento, o auspício da representação genuína e popular. 
Já em 2002 a possiblidade do início da gestão dos trabalhadores se vê aproximada pelas bênçãos e junção de um patrão mineiro, o saudoso José Alencar, que dando a confiabilidade necessária aos antes revolucionários barbudos, agora fazia uma política “café com leite” às avessas, mas temperada com o vigor nordestino de sabor metalúrgico. O dono do trono resolve ousar e num gesto calculado SERRA as suas possibilidades de continuísmo neo-liberal. O PT já em fase de longa espera buscou interlocução no líder JOSÉ, guerrilheiro, hoje apedrejado e de face outrora refeita. Este por sua vez, assume o superior grau de negociação e entrega o partido ao xará, ou melhor, ao companheiro JOSÉ, guerrilheiro araguaio sobrevivente.
Poder por poder copiai-nos nas antigas formas...
E foi assim, sem reinventar a roda, um grande “duto” saído de Minas Gerais e por nome VALÉRIO (e não pensem ser o VALÉRIO do RIO DOCE originário da soberana mineradora VALE) envolveu os “companheiros” e os “não-companheiros”. E assim o governo popular ganha o convencimento “mensaleiro” de pautas importantes do Congresso Nacional. Mas ameaçaram os ZÉS... Por não se ter somente companheiros, muita coisa rodou, cassou e mudou...  
Assim seguimos, e o dono da bola exigiu mudança no seu time e como um técnico clamou por ENERGIA, lembrou das MINAS e a ministra foi para a CASA CIVIL. O grande dono da cadeira e corinthiano se mirou na transferência de renda, extinguiu a era dos “mensalismos”, convocou os “comensais” e assim, viu factível derrotar um médico paulista de interesse mantenedor do status quo tucano semeado pelo Príncipe.
Ganhada mais uma eleição e trazendo um maior número de simpatizantes e periclitantes para o entorno da situação de governança o presidente vermelho vê a hora de buscar sua sucessão na voz feminina e até inédita da Casa Civil. “Poste”, assim denominada pela oposição, manteve o brilho da altivez, embora sob tentativa de ameaça daquela mesma SERRA já estudada pelos companheiros em momentos de outrora. Pois bem, o brilho feminino se embaraçou por alguns momentos, devido ao fato de uma “ex-companheira” SILVA que conhecia muito bem o “ambiente” e o presidente, ter se colocado como uma importante e sustentável opção eleitoral. Trocadas farpas, propostas e muitos etcéteras, veio o segundo turno e a MINEIRA de tempero GAÚCHO fez história e honrou a trajetória dos companheiros ganhando a “Nêga” do empate no jogo de poder da nação, até então 2 a 2. 
Chegamos em 2012, ano em que “Postes” se firmaram e cegaram as “SERRAS OPOSITORAS”. Ano em que o Norte-Nordeste se fez mais Tucano que nunca. Ano em que os ZÈS sofreram seus REVESES. Ano em que o partido que promete arrasar em 2014 é o partido do descendente do ARRAES. Ano em que as histórias da nossa “RES PÚBLICA” seguem, aguardando para entender se “o pau que dá em Chico dá em Francisco”...


Por força e vergonha do Mensalão, o povo segue crendo no sentido da Justiça na nação e acreditando que mesmo que tarde a ORDEM acompanhará o PROGRESSO.

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